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Demissão Coletiva de grupo da Lava Jato na PGR

  • Foto do escritor: Rodolpho Hoth Hoth
    Rodolpho Hoth Hoth
  • 5 de set. de 2019
  • 2 min de leitura

“Devido a uma grave incompatibilidade de entendimento dos membros desta equipe com a manifestação enviada pela PGR ao STF na data de ontem (03.09.2019), decidimos solicitar o nosso desligamento do GT Lava Jato e, no caso de Raquel Branquinho, da SFPO. Enviamos o pedido de desligamento da data de hoje.
Foi um grande prazer e orgulho servir à Instituição ao longo desse período, desempenhando as atividades que desempenhamos. Obrigada pela parceria de todos vocês. Nosso compromisso será sempre com o Ministério Público e com a sociedade.”
Assinam: Raquel Branquinho, Maria Clara Noleto, Luana Vargas, Hebert Mesquita,Victor Riccely e Alessandro Oliveira

A pergunta que não quer calar é: qual seria o conteúdo desta manifestação enviada pela PGR, Raquel Dodge, ao Supremo Tribunal? O que geraria incompatibilidade tal ao ponto de um pedido de demissão coletiva?

O Antagonista apurou que a demissão coletiva anunciada pelo grupo da Lava Jato na PGR, teria relação com manifestação de Raquel Dodge sobre a delação do empreiteiro Léo Pinheiro.

A delação de Léo Pinheiro, enviada pela Procuradora Geral da República Raquel Dodge ao STF para homologação, teria sido acompanhada do pedido de arquivamento preliminar de trechos do acordo em que estariam citados Rodrigo Maia e um irmão de Dias Toffoli.

Confirmada a emissão desta ressalva pela atual Procuradora Geral da República, com consequente pedido de demissão coletiva, fica evidente a blindagem oferecida pela PGR a Rodrigo Maia, presidente da Câmara e a José Ticiano Dias Toffoli, irmão do presidente do STF e ex-prefeito de Marília (SP) que, segundo publicação da Folha de São Paulo, teria recebido propinas da OAS.

Depois da demissão coletiva dos procuradores da Lava Jato na PGR, o procurador regional Blal Dalloul, terceiro colocado da lista tríplice do MP, enviou um email  conclamando a PGR “a repensar com imensa responsabilidade tudo o que está acontecendo, fruto de insana vontade de viver um estado de poder sem a mínima preocupação com os resultados nefastos para aqueles que já não aguentam as caras de paisagem”, e pediu a saída antecipada de Raquel Dodge:

Dra. Raquel, antecipe o 17 de setembro e cesse os movimentos contra os nossos anseios de vida transparente e democrática. Isso talvez até encoraje outros que seguem essa estrada a buscar rumos sadios e outrora únicos. Acredite, somos todos mortais. E mortais passam.

A O Antagonista o procurador regional acrescentou:

“A gestão dela tem uma marca. Quem trabalha com ela não deve conversar muito com os outros colegas, principalmente com aqueles que discordam de suas decisões. É visível que ela tem um trabalho centralizador […] A carreira toda se ressente disso. Somos uma carreira que demanda segurança jurídica e estabilidade. A atual PGR não dá isso a ninguém.”

Em que pese a Operação Lava Jato esteja sendo alvo de ataques ferozes, a operação ainda tem força para fazer mais revelações úteis ao país. Lutemos em favor da Lava Jato.

Está previsto para a tarde de hoje o anúncio do futuro Procurador Geral da República pelo Presidente Jair Messias Bolsonaro.


Rodolpho Hoth Hoth

Jornalista Reg.n.12674/DF

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