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Foto do escritorRodolpho Hoth Hoth

Desafios Letais- Proteja seus filhos

Atualizado: 13 de fev. de 2020

Mais um "desafio de internet" ganha inaceitável adesão e provoca inúmeras vítimas.


Depois dos insanos desafios da Baleia Azul, da Canela, do fogo, do gelo, dentre outros desafios, mais uma vez somos acometidos por tragédias decorrentes de "brincadeiras" que propostas e divulgadas pela internet chegam aos nossos lares contra nosso gosto, sem nossa permissão, de forma intrusa, nada bem-vindas.

O mais incrível é que por mais óbvios que sejam os danos, crianças, jovens, adolescentes e até adultos são influenciados a praticar atos desatinados que provocam a morte.



O mais recente é o Desafio da Rasteira em que se propõe que uma pessoa salte bem alto ao passo que outros dois indivíduos, um de cada lado, literalmente passam a rasteira na vítima no momento do impulso, lançando-a ao chão, chocando seu corpo contra o solo. O resultado não poderia ser outro, várias pessoas no momento da queda projetam fortemente a cabeça contra o chão sendo acometidas de lesões além de graves, mortais.




Emanuela Medeiros, de 16 anos, bateu a cabeça no chão na Escola Municipal Antônio Fagundes, em Mossoró, no Rio Grande do Norte (RN). Ela sofreu traumatismo craniano, foi socorrida pela direção do colégio e levada ao Hospital Regional Tarcísio, mas morreu. O caso aconteceu em novembro do ano passado, mas viralizou esta semana.


Após a divulgação da morte da jovem Emanuela, vários são os relatos compartilhados nas redes sociais, com a inclusão de vídeos dramáticos, de pessoas vitimizadas pelo que chamam de brincadeira, mas que de brincadeira não tem nada. A brincadeira teria sido iniciada por um Youtuber que foi copiado por centenas de jovens e crianças.


O que está acontecendo com nossos jovens?


Com a disseminação da internet em todo o mundo e com o acesso facilitado via smartphone, é cada vez mais comum os jovens ficarem horas e horas “mergulhados” no mundo digital.

Bombardeados por influenciadores digitais, que são seguidos por milhares de usuários, adolescentes e crianças são, como o próprio nome sugere, influenciados em vários aspectos de suas vidas como alimentação, vestimenta, entretenimento, ocupações, músicas e comportamento de forma geral.

Esses influenciadores digitais apresentam um impacto significativo na vida dos filhos, pois eles são tidos como ídolos e exemplo para muitas pessoas, assim, é preciso ficar atento a participação dos influenciadores digitais na formação do seu filho.


Seu filho é influenciável?

Influenciadores digitais só influenciam pessoas influenciáveis.
  • Como fazer para que nossos filhos não sejam tão influenciados ao ponto de agirem de forma tão impensada e inconsequente?

  • Você conhece os canais acessados por seu filho?

  • Você supervisiona o acesso das crianças ao Youtube?

  • Você conversa com seus filhos?

  • Sabe quais "ídolos" ele tem?

Além dessas análises e da recomendada restrição de uso dos recursos digitais no dia a dia, manter um canal de diálogo aberto e dar ao filho a liberdade para conversar sobre os mais diferentes assuntos é uma forma da família participar mais ativamente da formação dos jovens, deixando os influenciadores como parte da diversão e do entretenimento dos jovens de forma comedida, controlada e isso não é um atentado à privacidade não, é proteção, amor!

Apresente ao jovem os influenciadores com foco educacional que compartilhem bons conteúdos. Muitas pessoas utilizam a internet para repassar conteúdos relevantes e que contribuem positivamente para a formação dos jovens, a título de exemplo, quero mencionar o canal Manual do Mundo, de Iberê Tenório e Mariana Fulfaro, que são um grande sucesso entre as crianças e os jovens, com vídeos sobre ciências em uma linguagem informal e descontraída, conseguem unir de forma interessante entretenimento e educação.

Não vamos permitir que nossos filhos sejam idiotizados por falsos heróis, influencers que efetivamente não têm feito nada pela sociedade ou pelo planeta, entopem as mentes das crianças com conteúdo duvidoso e até letal. A alienação deve ser combatida com diálogo e o compartilhamento de conteúdo do bem para que no surgimento de qualquer outro desses desafios imbecis não haja adeptos e aqueles que os propõem seja responsabilizados.





Rodolpho Hoth Hoth

Jornalista reg.n.12674/DF


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