Ex-Ministro Petista, Guido Mantega, usará Tornozeleira Eletrônica
- Rodolpho Hoth Hoth
- 21 de ago. de 2019
- 2 min de leitura

O juiz Luiz Antonio Bonat, da 13ª Vara Federal de Curitiba, determinou que o ex-ministro da Fazenda Guido Mantega use tornozeleira eletrônica, entretanto, negou pedido de prisão feito pelo Ministério Público Federal.
No despacho em que autorizou a deflagração da Operação Carbonara Chimica, 63ª fase da Lava Jato, nesta quarta-feira (21/08;2019), o juiz Luiz Antonio Bonat, da 13ª Vara Federal de Curitiba, determinou que Guido Mantega deverá usar tornozeleira eletrônica.
A força-tarefa da Lava Jato pediu a prisão do ex-ministro de Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff, mas o pedido foi negado pelo juiz, que considerou não haver razões para tirar a liberdade de Mantega, afirmando não perspectiva de que Guido Mantega possa cometer novas irregularidades, condição necessária para a decretação de uma prisão preventiva ou temporária. O magistrado ainda ressaltou que as quantias de dinheiro e recursos atribuídos a ele no exterior já estão bloqueados, diminuindo as chances de uma possível fuga.
Além da tornozeleira eletrônica, o ex-ministro ficará impossibilitado de exercer qualquer cargo público, deverá entregar o passaporte e não poderá mudar de endereço.
Acusado de ter atuado em favor da Odebrecht para a aprovação de medidas provisórias que beneficiaram o grupo, favor pelo qual teriam sido pagos ao ex-ministro uma propina de R$ 50 milhões.
A ação apreendeu na casa de Maurício Ferro, ex-executivo da Odebrecht preso esta manhã, quatro chaves de criptografia que podem dar acesso a pastas do sistema de propina do grupo com conteúdo desconhecido pela investigação até o momento.
A defesa considera a medida de tornozeleira eletrônica absurda afinal já se passam 10 anos dos fatos, que a medida só gera constrangimento, afinal Mantega nunca deu mostra de que pretendia fugir e comparece a todos os atos do processo. A defesa ainda chama a ação de "espetáculo para colocar uma cortina de fumaça nos abusos e arbitrariedades que estão sendo revelados na condução desse processo".
Rodolpho Hoth Hoth
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